HQ - Day Tripper: Uma vida sustentada pela morte

Enviado: quarta-feira, 27 de março de 2013 | Postado por Salão de Humor de Piracicaba | 0 comentários

Vencedora dos maiores prêmios de História em Quadrinhos, Eisner e Eagle, de 2011, a obra Daytripper dos irmãos gêmeos brasileiros, Fábio Moon e Gabriel Bá, mistura de maneira brilhante o lúdico e o real.

Aqui, nosso “viajante diário”, com “um bilhete só de ida” – como cantam os Beatles em sua canção também intitulada Day Tripper – é Brás de Oliva Domingos, jornalista que sonha em ser um prestigiado escritor, assim como o pai. Sim, Brás, como o personagem machadiano Brás Cubas. Dito isto, já podemos ter uma ideia de que sua vida não é, não foi e não será só preenchida de momentos alegres. Afinal, quem tem uma vida só de contentamentos?

As variações temporais a que me refiro são devidas a não linearidade da obra. A cada capítulo, intitulado pela idade de Brás, somos levados a diferentes fases de sua vida, ou suas várias mortes, como preferir. O capítulo que dá vida à obra, 32, é o mesmo que nos coloca logo de cara com a morte: presente o tempo todo na trama e, me arrisco a dizer, personagem sine qua non para a existência da HQ e presente nos obituários escritos por Brás. São seu sustento!

Mas, na verdade, o que os autores querem propor é uma reflexão sobre a vida. No caso, a vida de Brás às sombras constantes da morte – 10, para ser exata –, já que cada capitulo se encerra com o personagem morrendo de alguma forma. Sem, claro, deixar de apresentar o devido obituário para cada uma delas.

É impossível ler Daytripper e não se identificar com ao menos um dos capítulos. Mesmo que você nunca tenha pisado fora do estado de São Paulo, onde se passa a maior parte da história, ou tenha ido à Bahia ou ao Rio de Janeiro, tudo parece muito real – feliz ou infelizmente –, ainda que se leve em conta os trechos lúdicos, com os sonhos e pensamentos do personagem. Além disso, a obra é capaz de nos transportar para a mais longínqua lembrança da nossa infância: às férias na casa de algum parente do interior, os almoços dominicais na casa dos avós, às brincadeiras de rua com os amigos, até à primeira e tímida troca de olhares com aquele colega novo de sala.

Bá e Moon criaram uma das mais cativantes HQ’s, com belas ilustrações e um roteiro tão impecável, que seria um insulto lê-lo apenas uma vez na vida e guarda-lo na estante!

(Francielly Kodama)
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3º Concurso de Microcontos de Humor

Enviado: quarta-feira, 20 de março de 2013 | Postado por Salão de Humor de Piracicaba | 0 comentários
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Saiu o regulamento do 11º Salãozinho de Humor de Piracicaba/2013

Enviado: segunda-feira, 18 de março de 2013 | Postado por Salão de Humor de Piracicaba | 0 comentários
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Jane, Batgirl, Olívia Palito: Mulheres em Quadrinhos (por Adolpho Queiroz)

Enviado: quarta-feira, 13 de março de 2013 | Postado por Salão de Humor de Piracicaba | 0 comentários
desenho de Natalia Matos
     Homens são bons criadores de mulheres.  Mas, quando o assunto é história em quadrinhos, charges, caricaturas e cartuns, as mulheres acabam se sobressaindo. Quem não acreditar, que vá conferir pessoalmente a partir deste sábado, no Armazém 14 do Engenho Central, a terceira exposição em comemoração ao Dia da Mulher, intitulada “Batom, Lápis e TPM”, criada pelo Centro Nacional do Humor de Piracicaba  (CEDHU), para homenagear e realçar o papel da mulher criadora e criativa nesta atividade.

            Elas nascem para o cenário histórico como personagens marcantes – mesmo criadas por autores como Lee Falk (Fantasma), Shuster e Siegel (Superman) e Edgar Rice Burroughs (Tarzan) - como protagonistas secundárias, mas de quem emerge uma força importante. Diana Palmer, a mulher do Fantasma era uma diplomata da ONU que trabalhava pela igualdade social; Lois Lane, a decantada namorada do Super Homem era uma jornalista investigativa igualmente preocupada com a justiça e Jane, a multimilionária mulher do Tarzan, largou o conforto de casa para ir viver na selva.

            E a famosa Olivia Palito, namorada eterna do Popeye, criada por Elzie Segar, em 1919, nasceu pelo menos uma década antes do seu ídolo o marinheiro Popeye. A discreta e charmosa Olivia tinha antes um namorado folgado chamado Ham Gray, mas só foi conquistar o mundo navegando nas aventuras do marinheiro dos espinafres. Assim como a Luluzinha, de Marge Buell, criada como cartum em 1935 e imortalizada nas histórias em quadrinhos assinadas por John Stanley, que publicou as histórias no Brasil entre 1955 a 1972.

            A inquieta e intransigente Mafalda, do argentino Quino, originalmente foi criada para um anúncio a ser publicado no jornal “El Clarin”, de Buenos Aires. Como a campanha foi cancelada, Mafalda apareceu pela primeira vez como história em quadrinhos no jornal Primeira Plana em 25 de setembro de 1954 e não parou mais de inquietar seus leitores, mundo afora, com suas perguntas irreverentes, sob o traço do hoje oitentão Quino.

            Dos quadrinhos para o cinema, imortalizada por Michele Pfeiffer, a nossa eterna “BatGirl” foi sempre irreverente como as demais personagens, ao longo  de mais de um século de aventuras por  páginas impressas, que se encontram guardadas em gibitecas, em coleções particulares, a alimentar os sonhos dos meninos de ontem e hoje.

            Inovadora, contudo, a Secretaria de Ação Cultural da Prefeitura de Piracicaba foi justamente se inspirar nestas meninas de papel, para homenagear as mulheres do dia a dia, igualmente bravas, lutadoras, portadoras de uma capacidade indiscutível de realização, honestas, firmes no caráter, empreendedoras, que hoje arejam as janelas de casa para as conversas sobre política e ética e, ao governarem os países, vão se mostrando mais intensas e, sobretudo, muito menos corruptas que  muitos dos homens que estão no poder.

            Ao saudar a abertura de mais uma exposição em homenagem a cartunistas do mundo todo que enviaram suas obras para Piracicaba, a cidade lavra mais uma conquista importante: a de descobrir novos talentos femininos criadores, de onde virão nossas novas Luluzinhas e Olívias; e em seguida, mostrar que além de tricô e crochê – artes igualmente nobres – elas são capazes de desafiar nossa imaginação com suas personagens rabiscadas a lápis de cor ou nos photoshops da vida.

Adolpho Queiroz é pós-doutor em comunicação pela Universidade Federal Fluminense, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP e presidente do Conselho Consultivo do Salão Internacional de Humor de Piracicaba 2013/2016.      

           

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Um "humor" de menina

Enviado: terça-feira, 12 de março de 2013 | Postado por Salão de Humor de Piracicaba | 0 comentários

por Adolpho Queiroz

Trabalho de Toshiko Nishida - Japão
A terceira edição da mostra “Batom, Lápis e TPM”, está chegando, como ação estratégica do Centro Nacional de Humor Gráfico de Piracicaba. E com ela, nova expectativa sobre como são mordazes as nossas artistas.

A história do humor gráfico feminino tem grandes representantes, como artistas e, certamente, como personagens (Monica, Luluzinha, Olivia Palito). Talvez poucos tenham ouvido falar de Dale Messik, que construiu a personagem Blenda Starr quando estreou sua primeira tira, em 1940 e entrou para a história dos quadrinhos como uma das primeiras mulheres cartunistas. Sua personagem atingiu o auge do sucesso nos anos 50, quando chegou a ser publicada em mais de duzentos periódicos, simultaneamente nos jornais norte-americanos.

Outra autora importante no campo é a argentina Maitena Inés Burundarena, que começou a carreira profissional como cartunista nos anos 80, quando publicou quadrinhos eróticos em revistas underground, como a Makoki, de Barcelona, e Sex Humor, da Argentina. Hoje, suas charges e tiras são traduzidas em mais de 15 países, publicadas em importantes revistas e jornais como o espanhol El País; o italiano La Stampa; El Mercúrio, do Chile; El Nacional, da Venezuela e o francês Le Figaro.

Nair de Teffé
No Brasil, o pioneirismo feminino sobre os quadrinhos é da ex-primeira dama Nair de Tefé. Filha do barão de Teffé, neta do conde von Hoonholtz , Nair estudou em Paris e Nice, na França. Tendo regressado ao Brasil, iniciou sua carreira por volta de 1906. Publicou seu primeiro trabalho, A Artista Rejane, na revista "Fon-Fon", sob o pseudônimo de Rian (Nair de trás para frente e 'ninguém', em francês). Também publicaram suas caricaturas da elite, os periódicos O Binóculo, A Careta, O Ken, bem como os jornais Gazeta de Notícias e da Gazeta de Petrópolis.

A primeiríssima dama contemporânea do humor gráfico brasileiro mesmo seria a saudosa Hilde Weber (que na verdade preferia as charges políticas aos cartuns que publicava no jornal O Estado de S.Paulo) e uma das expositoras do Salão de Humor de Piracicaba, nos primeiros tempos nos anos 70. Depois dela o honroso cargo fica agora folgadamente para a pequena notável Ciça Alves Pinto que é a cartunista mais charmosa que o Brasil já teve, e presidiu o júri do nosso 38º Salão. São seus personagens o Pato, Filomena, Hermes e outros bichos críticos e politizados que formam o universo com o qual a cartunista atravessou quase quatro décadas cutucando a ditadura nas paginas da Folha de S.Paulo.

Mas as mulheres também brilharam nos Salões de Humor de Piracicaba, antes de serem convidas para a nova mostra, só para elas. Aqui algumas das ganhadoras entre 1974 a  2003 : as piracicabanas Marisa Hypólito Rosalen em 1982 e Luciane  Nogueira Montenegro, 1988. Depois delas, a paulistana Rosana Munhoz da Silva, 1989. E, por fim, os primeiros prêmios na categoria de histórias em quadrinhos, ganhos pela também paulistana Maria da Conceição de Souza Cahu, em 1992 e Thamis Simara Klein Forlin, em parceria com Armando Gomes Kaminski, de Gravataí/RS, também vencedores nesta categoria em 1999.

Experts são capazes de virar nossos fígados no avesso. De tanto rir... e pensar !
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Convite: Palestra sobre a TPM com o Dr. Amadeu Carvalho Jr.

Enviado: sexta-feira, 8 de março de 2013 | Postado por Salão de Humor de Piracicaba | 0 comentários

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CEDHU abre terceira exposição “Batom, Lápis e TPM”

Enviado: quinta-feira, 7 de março de 2013 | Postado por Salão de Humor de Piracicaba | 1 comentários
Mostra acontece em homenagem ao Dia Internacional da Mulher






Com o objetivo de estimular e oferecer espaço a artistas (amadoras ou profissionais) brasileiras e estrangeiras para mostrar suas produções gráficas como forma de comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a SEMAC (Secretaria Municipal da Ação Cultural), por meio do CEDHU (Centro Nacional de Documentação, Pesquisa e Divulgação do Humor Gráfico de Piracicaba), abre no próximo dia 16h, às 15h30, a terceira edição de exposição “Batom, Lápis e TPM”, que acontecerá no Armazém 14A do Engenho Central. A entrada é gratuita.

A exposição contará com cerca de 100 trabalhos, produzidos por 59 artistas oriundas de 12 países: Brasil, China, Colômbia, Espanha, Irã, Itália, Japão, Peru, Polônia, Turquia, Ucrânia, Uruguai. Entre as obras há cartuns, caricaturas, ilustrações, charges, esculturas e tiras.

“O resultado final é uma multiplicidade de técnicas e conteúdos e proporcionam ao expectador um interessante mosaico para fruição da beleza e para a reflexão. Caricaturas, cartuns, ilustrações, tiras e quadrinhos, trabalhos tridimensionais se apresentam hora engraçados, outras vezes sérios, uns mais poéticos, ainda outros discutem importantes questões como as difíceis relações entre os sexos e os papéis da mulher na sociedade”, afirma o diretor do CEDHU Eduardo Grosso

Para Grosso, a exposição também é uma boa oportunidade de novas artistas gráficas mostrarem o seu trabalho. “Principalmente as cartunistas menos conhecidas têm se aproveitado deste espaço que traz o prestígio do Salão Internacional de Humor de Piracicaba para apresentarem suas produções artísticas”.

A primeira edição da exposição “Batom, Lápis e TPM”, foi realizada em 2011 no hall do Teatro Municipal Dr. Losso Netto. Já a segunda edição aconteceu em 2012 no Engenho Central.

“Obtivemos um grande sucesso já na primeira edição, quando foram expostos no Teatro Municipal Dr. Losso Netto mais de 50 trabalhos compostos por 25 artistas de diversos países, totalizando um público de mais de 4 mil pessoas que acompanharam a mostra. Em 2012, foram 100 trabalhos produzidos por 52 artistas, com um público de quase 10 mil pessoas. A expectativa para 2013 é de continuar superando esses números, que já são extremamente positivos”, afirma a secretária municipal da Ação Cultural Rosângela Camolese.


HUMOR DE PERNAMBUCO

Além dos cerca de 100 trabalhos enviados por 59 mulheres, a mostra contará ainda com um painel com 30 cartuns, expostos no 1º Salão Internacional de Humor Gráfico de Pernambuco (SIHG Pernambuco), realizado no ano passado em Recife, cujo tema foi MULHER. “A parceria com a organização do evento pernambucano resultou na seleção destes 30 trabalhos, neste caso com a participação de autores masculinos, que certamente acrescenta qualidade e diversidade ao projeto”, completa Grosso.

ABERTURA MUSICAL E ATIVIDADES PARALELAS


A tarde de abertura contará com apresentação musical da cantora piracicabana Elaine Teotônio. Além disso, por meio de parcerias com a Natura e Amhpla, o CEDHU realizará ainda oficina de maquiagem e palestra com temática voltada à mulher.


SERVIÇO

3ª edição da exposição “Batom, Lápis e TPM”.
Abertura no próximo sábado, 16 de março, às 15h30 no Armazém 14A do Engenho Central. Visitações até 07 de abril, de terça a sexta-feira das 10h às 12h e das 14h 17h e aos sábados, domingos e feriados das 10h às 17h.
Entrada gratuita.
Para mais informações, o telefone é (19) 3403-2620.
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40º Salão Internacional de Humor de Piracicaba - REGULAMENTO

Enviado: segunda-feira, 4 de março de 2013 | Postado por Salão de Humor de Piracicaba | 0 comentários
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